Autismo: histórias que inspiram e ampliam o olhar para a diversidade humana
Biografias que marcam a história do autismo e reforçam a importância do atendimento humanizado
A Prefeitura Municipal de Leme, por meio da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social e Secretaria da Saúde, através do Centro de Atendimento da Pessoa com Autismo, convida à reflexão sobre o autismo.
Três nomes fazem parte da história do autismo e nos ajudam a compreender não apenas a evolução dos diagnósticos, mas, sobretudo, o enorme potencial humano que existe em cada indivíduo no espectro: Donald Triplett, Temple Grandin e Raun Kaufman. Suas trajetórias percorrem décadas, revelando avanços no campo científico, mudanças de paradigma e novos caminhos no acolhimento às diferenças.
Donald Triplett (1933-2023), reconhecido como o primeiro caso descrito oficialmente como autismo pelo psiquiatra Leo Kanner, viveu de forma plena até os 89 anos. Desde cedo, demonstrou interesses específicos e uma memória extraordinária, que o acompanharam por toda a vida. Apaixonado por números, viagens e golfe, Triplett desafiou o prognóstico limitante de sua época e mostrou que o diagnóstico não define a pessoa.
Já a cientista e escritora norte-americana Temple Grandin, nascida em 1947, tornou-se uma das maiores referências mundiais em bem-estar animal. Diagnosticada na infância, Temple enfrentou barreiras na comunicação e nas relações sociais, mas encontrou no pensamento visual uma poderosa forma de expressão — algo que ela transformou em ferramenta de trabalho e inovação. Sua história foi tema do filme “Temple Grandin” (2010) e sua atuação global ajudou a firmação da neurodiversidade como uma forma legítima de existência no mundo.
Outro exemplo transformador vem da trajetória de Raun Kaufman, diagnosticado com autismo severo ainda bebê. Considerado, à época, incapaz de aprender ou se comunicar, teve sua vida completamente alterada pela iniciativa e acolhimento de seus pais, criadores do método Son-Rise — baseado na interação respeitosa, conexão emocional e na valorização do ritmo pessoal de cada criança. Raun se formou pela Universidade Brown e se tornou palestrante internacional.
Da “descoberta clínica” de Donald aos estudos sensoriais de Temple, passando pelo afeto estruturado do Son-Rise, essas histórias nos mostram que o autismo não é um limite, mas uma diferença — uma expressão legítima de ser no mundo. Elas trazem reflexões fundamentais sobre inclusão, respeito e sobre o quanto a sociedade evolui quando se abre ao diálogo sobre diversidade humana.
Hoje, com maior acesso à informação, políticas públicas específicas e avanços nas áreas de educação e saúde, a sociedade amplia seu entendimento sobre o espectro autista, reconhecendo não só as necessidades, mas também os talentos, singularidades e potencialidades das pessoas com TEA.
Nesse contexto, o município de Leme reafirma seu compromisso com a inclusão por meio do Centro de Atendimento da Pessoa com Autismo. Com estrutura multidisciplinar, ambiente acolhedor e atendimento especializado a crianças e adolescentes, o novo espaço representa um marco para as políticas públicas da cidade, oferecendo suporte integral às famílias e fortalecendo o acesso ao diagnóstico, cuidados terapêuticos e ações de inclusão social e escolar. Em sintonia com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, o Centro de Atendimento da Pessoa com Autismo é um passo importante na construção de uma sociedade que respeita a diversidade e valoriza o protagonismo de todas as pessoas.
Informações adicionais podem ser adquiridas diretamente no Centro de Atendimento da Pessoa com Autismo, localizado na Rua Luiz Da Roz, 825 - Centro, ou pelo telefone (19) 3097-1053.
SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE LEME

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